quinta-feira, 12 de novembro de 2009

A repreensão aos voadores

Rubens, A Queda de Ícaro, séc. XVII



Na aula de hoje, lemos e analisámos os defeitos dos peixes voadores.
A esse propósito, Padre António Vieira lembrou-nos outros "voadores".
O vosso colega Gonçalo Carvalho, do 11º F, redigiu um pequeno texto sobre um deles.

O mito de Ícaro e factos relacionados

Minos, o rei de Creta, castigou Ícaro e seu pai Dédalo, aprisionando-os dentro do labirinto por este criado, devido ao facto de Teseu ter conseguido de lá se evadir após ter entrado e morto o Minotauro (touro de Minos).

O Minotauro (criatura com corpo de homem e cauda e cabeça de touro) nasceu fruto de um castigo divino dado por Poseidon, deus dos mares, a Minos, por este não ter cumprido a sua parte no contrato estabelecido entre ambos, em que Poseidon lhe concederia a coroa de Creta a troco de o recém-coroado rei lhe sacrificar um touro branco saído do mar, tendo este tentado enganá-lo, sacrificando-lhe um vulgar touro, para poder ficar com o magnífico animal.
Poseidon fez com que Pasífae, a esposa de Minos, ficasse grávida do touro branco, dando à luz o Minotauro. Horrorizado com a abominação, Minos pede a Dédalo, arquitecto de grande renome, que construa um labirinto destinado a encarcerar o Minotauro, sem qualquer possibilidade de fuga.

Como vingança pelo seu filho morto pelos atenienses, e após a vitória sobre estes, Minos ordena que todos os anos sete rapazes e sete raparigas atenienses, sejam entregues ao Minotauro para por ele serem devorados. Ao terceiro ano, Teseu oferece-se voluntariamente, com o propósito secreto de matar o monstro. Ariadne, filha de Minos, enamorada de Teseu, oferece-lhe um novelo de linha de costura (actualmente conhecido como Fio de Ariadne), que o possa guiar na saída do labirinto. Teseu consegue vencer o Minotauro e escapa do labirinto com vida.

Uma vez encarcerados dentro do labirinto, Dédalo e Ícaro, constroem com penas e cera de abelha, dois pares de asas com que possam sair da sua prisão. Antes de levantarem voo, Dédalo alerta Ícaro para que não voe muito alto, para que o calor do Sol não derreta a cera, mas este, entusiasmado, durante o voo sobe mais e mais alto e, aproximando-se do Sol, as suas asas derretem, e ele cai sobre o mar Egeu, onde tem fim a sua vida.

Com pesquisa nos endereços:

http://mitologia.blogs.sapo.pt/54997.html

http://www.suapesquisa.com/musicacultura/minotauro.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Minotauro

As repreensões aos peixes...

"Não só vos comeis uns aos outros, senão que os grandes comem os pequenos."

Pieter Brueghel, séc. XVI
Pintor flamengo. Conhecido como Brueghel, o Velho, para o distinguir do seu filho, também pintor. Estuda em Antuérpia com um mestre, mas de imediato cria um estilo próprio caracterizado pela abundância de colorido. Os seus quadros, de costumes na sua maioria, reflectem a vida quotidiana da sua época e, ao mesmo tempo, pretendem interpretar a realidade, umas vezes com profundidade e outras de maneira anedótica, As suas obras estão repletas de pequenos pormenores reais e oníricos. Por outro lado, o conjunto da sua produção reflecte, de modo inevitável, as atribulações de uma época de confusão e de mudanças marcada pelas guerras de religião. Está considerado como o iniciador da escola flamenga que domina o mundo da pintura europeia durante parte do século xvi e no xvii. Entre as suas obras há que citar O Triunfo da Morte, A Parábola dos Cegos e A Torre de Babel.
Os seus filhos, Jan e Pieter, continuam o estilo do seu progenitor, acrescentando uma pormenorização mais denunciada e uma profusão de formas mais limitada.
in http://www.vidaslusofonas.pt/pieter_brueghel.htm
Informação recolhida pelo Gonçalo Carvalho do 11ºF

domingo, 1 de novembro de 2009

O Barroco na música

http://www.youtube.com/watch?v=_FXoyr_FyFw

Johann Sebastian Bach

Johann Sebastian Bach (Eisenach, 21 de março de 1685 — Leipzig, 28 de julho de 1750) foi um organista e compositor alemão do período barroco. Mestre na arte da fuga, do contraponto e da música coral, ele é um dos mais prolíficos compositores da história da música ocidental.

Devoto admirador de Dietrich Buxtehude, Bach é tido como o maior compositor do Barroco e, por muitos, o maior compositor da história da música, ainda que pouco reconhecido na altura em que viveu. Muitas de suas obras reflectem uma grande profundidade intelectual, uma expressão emocional profunda e, sobretudo, um grande domínio técnico em grande parte responsável pelo fascínio que diversas gerações de músicos demonstraram pelo Pai Bach, especialmente depois de Felix Mendelssohn que foi um dos responsáveis pela divulgação da sua obra, até então bastante esquecida.

Posteriormente, Hans von Bülow faz referência a Bach como um dos "três bês da música" (Bach, Beethoven, Brahms), considerando o seu Cravo Bem Temperado como o Antigo Testamento da Música.
Informação recolhida pela Sarah Lemonnier do 11º k


http://www.youtube.com/watch?v=nGdFHJXciAQ


http://www.youtube.com/watch?v=WlURvraEmeY

A Inquisição


A Inquisição, ou Tribunal do Santo Ofício, surgiu na Idade Média, criada pelo papa Gregório IX, no século XIII, como "instituição permanente e universal, confiada a religiosos na dependência directa da Santa Sé". Destinava-se a combater várias heresias que punham em causa a legitimidade tanto do poder eclesiástico como do poder civil.
Este tribunal instalou-se na Espanha, Alemanha, França, confiado aos dominicanos ou aos franciscanos. Os suspeitos eram interrogados para se obter a prova de culpa, ou através de testemunhas, cuja identidade era mantida secreta, ou por meio de confissão dos próprios, que podia ser obtida através de torturas. A sentença era dada em sessão solene pública, a que se deu o nome de auto-de-fé. As sentenças podiam ser morte ou prisão, penitências e apreensão de bens. Na Península Ibérica, a Inquisição vai mais além e vai passar a perseguir os cristãos-novos, os judeus e os protestantes. Passou a ser um instrumento ao serviço do poder instituído e contra qualquer ameaça a esse poder.
A Inquisição foi introduzida em Portugal no reinado de D. João III, em 1536, após hesitações da Santa Sé. É que já D. Manuel I, em 1515, pedira a instalação da Inquisição. Só com D. João III e após vários anos de negociações é autorizada a introdução da Inquisição em Portugal, que, como em Espanha, fica sob a alçada do rei. O inquisidor-geral era nomeado pelo papa sob proposta do rei, daí ter sido exercido o cargo por pessoas da família real. O inquisidor-geral nomeava os outros inquisidores. Havia tribunais em Lisboa, Coimbra, Évora.
A actuação do tribunal, para além do que se relacionava com a fé e a prática religiosa, estendeu-se a outras áreas, como censura de livros, adivinhação, feitiçaria, bigamia. A acção de censura aos livros vai ter enorme influência na nossa evolução cultural. Ou seja, a Inquisição, originalmente vocacionada para ter uma acção religiosa, passa a ter influência em quase todos os outros sectores: político, cultural e social. O modo de actuação era o mesmo: o suspeito ou acusado enfrentava denúncias de pessoas desconhecidas, ele próprio podia delatar outras pessoas, e essa confissão podia ser obtida por meios de tortura física ou mental. As penas podiam ser, como na Idade Média, de carácter espiritual, de prisão, de vexame público, perda de bens e condenação à morte pelo garrote ou pelo fogo.
A força que a Inquisição tinha gerou vários conflitos, quer com o rei, quer com os Jesuítas, que foram seus oponentes. É que os reis, a troco de elevadas quantias, foram concedendo melhores garantias aos cristãos-novos e judeus, tendo D. João IV decretado a suspensão do confisco de bens.
É com D. João V que a Inquisição atinge a sua época áurea, pois a partir daí as críticas à sua acção tornam-se cada vez mais intensas, através de Luís da Cunha, Ribeiro Sanches, Alexandre de Gusmão.
Com o Marquês de Pombal, a Inquisição passa a ser igual a qualquer outro tribunal régio, deixando de efectuar a censura da imprensa, ao mesmo tempo que se aboliu a distinção entre cristãos-novos e cristãos-velhos. Com estas medidas, o Tribunal do Santo Ofício perdia toda a sua importância, até que veio a ser extinto em 1821.
In Infopédia. Porto Editora, 2003-2009.
Informação recolhida pelo Diogo Branco do 11ºk